Roni Peterson Passos foi o único CEO de uma empresa de transporte multimodal de cargas expressas do Brasil a ser convidado como palestrante para o evento que reúne os maiores nomes da área para discutir os rumos da logística no país. O tema da palestra dele, “Multimodal como estratégia para conectar negócios em um país continental” também fala sobre a trajetória do empresário, que começou a vida profissional como motoboy, em Caxias do Sul. Roni veio de Itaqui, aos 9 anos de idade, acompanhado da família, que buscava novas oportunidades de trabalho na Serra Gaúcha. Na boleia de um caminhão de frutas (sendo ele mesmo “parte da carga”, como conta), o menino se espantou ao ver que, depois de uma curva na subida do morro, surgia uma cidade. Era a década de 1990. Exatamente a mesma em que as operações logísticas se apresentavam atreladas ao setor de transportes.
O CEO conta com uma experiência de 26 anos na área de logística e tem orgulho de conhecer (bem!) todas as capitais brasileiras. Ele explica que, quando uma operação logística é planejada, existem muitas possibilidades de rotas para que o transporte seja realizado e a mercadoria chegue ao seu destino final. A Conexlog trabalha com transporte multimodal urgente para cargas rápidas e emergenciais (de parafusos a vacinas). Seu “verbo de cabeceira” é Resolver. E rápido. Em menos de 24 horas (esta é a promessa) a carga vai do emissário ao destinatário. Por ar, desde sua fundação, ou por terra (carros rápidos, depois da pandemia de Covid-19).
“Desde minha época de motoboy, percebi o que os clientes esperavam: mais do que simplesmente receber sua encomenda, a experiência da entrega, do “olá” ao “até a próxima” precisava fazer um sentido além do cuidado com o produto. A ênfase deve estar no atendimento ao cliente, a ser realizado com eficiência, presteza e confiabilidade em todas as fases do ecossistema de logística”, garante Roni.
Daí para a constituição da Conexlog foi “um pulo”. Em oito anos, a empresa já é referência, e se encontra entre as maiores do setor de logística multimodal no Brasil. Possui mais de dois mil clientes no país, como Gerdau, White Martins, Coca Cola, Randon, Marcopolo, e outros, em uma cartela bastante diversificada. A matriz administrativa fica em Caxias do Sul. Existe uma filial em São Paulo, e 98 unidades de negócio nas capitais e principais cidades. Somam-se à equipe de 29 pessoas, mais de 300 terceirizados, em especial, motoristas.
Segundo Roni Passos, a Conexlog vem crescendo, em média, 35% ao ano. “Há dois anos, investimos fortemente em tecnologia para melhorar os processos logísticos e a experiência do cliente, lembrando sempre das pessoas, com treinamento e desenvolvimento para nossos funcionários. Acreditamos no fator humano como diferencial, pois maquinas não têm insights e liberdade de expressão”, reflete.
A perspectiva para a empresa, que vem sendo trabalhada desde já com entrevistas de possíveis parceiros, é transformar a Conexlog em uma franqueadora em breve. Até lá, investe-se no aperfeiçoamento de seu próprio sistema de logística por meio de equipe interna de TI e desenvolvimento. “O objetivo é sempre a alta performance”, atesta o CEO. Nesse sentido, o da busca por excelência, patrocinam-se grupos culturais, como o Ufa! Instituto de Arte e Cultura e o atleta de natação Eduardo Luchezi, multicampeão em sua categoria, além de entidades, como a ASDA (Associação Serrana de Desportos aquáticos), o Caxias Ciclismo (equipe de ciclismo de estrada) e a Equipe A2M motorsport, que participou do Rallye dos sertões 2024.
De acordo com reportagem da Revista Mundo Logística (maio/junho de 2024), nos próximos dez a 15 anos, o setor se caracterizará por mais eficiência, sustentabilidade e inovação. Cadeias de abastecimento serão fortemente integradas, orientadas por dados e otimizadas para maior velocidade e rentabilidade. A automação vai agilizar os processos, reduzir as emissões de gases nocivos e a produção de resíduos. Para ouvir a voz do cliente, mais conectado com as questões ambientais, será necessário melhorar as práticas de gestão por meio do conceito de economia circular, com reaproveitamento de materiais, a chamada logística verde. “Estamos nesse caminho”, garante o CEO da Conexlog. E complementa: “nosso know how é encontrar soluções na dificuldade. Seja por terra ou por ar, a Conexlog resolve”.