A recuperação de setores relacionados à reconstrução urbana e rural e o Dia dos Pais, quarta data comemorativa mais importante no calendário do varejo, influenciaram para o crescimento de 4,03% nas vendas do comércio caxiense em julho. Outro fator que contribuiu para esse incremento em relação ao mês anterior foi a incidência de dias secos, com as baixas temperaturas típicas de inverno. Em relação ao mesmo período de 2023, o incremento foi de 5,78% e a variação do acumulado do ano foi de 2,27%.
As informações foram divulgadasem coletiva de imprensa do Termômetro de Vendas da CDL Caxias, na manhã desta quinta-feira (12), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) do município.
As consultas feitas ao SPC pelos consumidores obtiveram elevação de 3,51%, enquanto pelos lojistas foi de 4,42%. O volume de inclusões de débitos aumentou 251,24%, quando confrontados julho e junho de 2024, e progressão de 21,44% contra igual período do ano passado. As exclusões ampliaram em 44,06% relacionado ao mês anterior e 39,66% com o mesmo período de 2023.
O número de inadimplentes cresceu de 7,50% na comparação a junho e reduziu -8,04% com o mesmo período do ano anterior. O crédito teve variação positiva de 4,42% no volume de consultas em relação a junho, e queda de -15,66% na comparação entre julho de 2024 e julho de 2023.
De acordo com o assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, a redução significativa em maio e junho ocorreu por conta da suspensão temporária, por parte do SPC Brasil em conjunto com os bureaus de crédito de todo o Brasil e a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), das negativações de dívidas para consumidores residentes no Rio Grande do Sul.
“O estoque de dívidas em julho identificou alta na série de 4,41%, destoando dos -0,16% do mês anterior, o que pode estar relacionado a instrução dos bureaus de crédito. A tendência é de que o índice registre crescimento nos próximos meses”, acredita Ness.
No ramo duro, a variação entre julho e junho deste ano foi positiva em 4,16%. No acumulado do ano foi registrado incremento de 1,50%, enquanto nos últimos 12 meses observou-se queda de -3,19%, contra baixa de -4,63% do mês anterior.
O desempenho positivo ficou por conta dos segmentos de material de construção (6,73%), automóveis, caminhões e autopeças novos (5,64%), implementos agrícolas (4,90%), materiais elétricos (3,60%) e eletrodomésticos, móveis e bazar (3,53%). Na contramão os setores que apresentaram resultados negativos foram: óticas, joalherias e relojoarias (-4,26%) e informática e telefonia (-2,98%).
No ramo mole, o crescimento de julho em relação a junho foi de 3,64%. Na variação do acumulado de 12 meses foi registrada alta de 8,42%. Todos os segmentos tiveram desempenho positivo, liderados pelas farmácias (4,92%), vestuário, calçados e tecidos (3,94%), livraria, papelaria e brinquedos (2,42%) e produtos químicos (0,93%).
O emprego formal registrou saldo positivo de 291 vagas em julho, totalizando 169.541, o que representa 4,1% a mais de com postos de trabalho com carteira assinada comparado ao mesmo período do ano passado. Do total, o comércio identificou 28.559 vagas, aumento de 2% de um ano para outro.