Imagine morar em uma “casa suspensa”, resgatar e, em um “passe de mágica”, reunir, em um mesmo espaço, os bons e os novos tempos. Poder olhar pela janela e vislumbrar, bem no centro da cidade, um enorme parque verde, com árvores dos mais variados tipos; ou ter uma sacada cujos materiais têm papel não apenas estético, mas funcional, captando energia solar; ou ainda, graças a um sistema de captação pluvial, reusar água nas bacias sanitárias e para irrigação dos jardins. Isso porque será uma edificação onde todas essas maravilhas são compartilhadas, inclusive os ganhos de custos, que não são poucos.
Estamos falando de sustentabilidade, uma nova forma de ver o mundo e habitá-lo, com beleza e responsabilidade, mas também com visão de futuro, como pedem os novos tempos. Caxias do Sul abrigará o primeiro edifício verde, com requisitos que o destacam no cenário nacional como, por exemplo, painéis solares arquitetônicos de vidro, que decoram a fachada enquanto captam energia solar: o Bosco Esposizione. A obra, edificada pela Construesse Construtora e Incorporadora, deve estar finalizada no início de 2025.
A edificação conta com 19 unidades residenciais, em um dos bairros que concentra importante parte da história da cidade, o Exposição, que, no histórico Parque dos Macaquinhos, sediou o primeiro Pavilhão da tradicional Festa da Uva. Estar justamente ali, não é coincidência. A edificação vem para reunir passado e futuro. O capítulo nacional e internacional do município está ligado a esse endereço, que serve de palco, mais uma vez, para projetar o vanguardismo a Caxias do Sul, agora com apelo à sustentabilidade.
Estar cercado de vocativos contemporâneos se traduz em geração de energia solar por meio de placas fotovoltaicas na fachada norte e na cobertura e, com isso, economizar até 100% da energia da área condominial do empreendimento; vagas de garagem com preparação para espera de carregador veicular; bicicletário; unidades residenciais com esperas para automação em todos os níveis, por exemplo.
Outro ponto interessante do empreendimento é a ventilação cruzada, uma estratégia de projeto usada há muito tempo. O uso de aberturas frente a frente cria fluxos de ar oferecendo redução significativa de equipamentos artificiais como um ar-condicionado. Isso gera conforto na unidade, por meio do aumento de equilíbrio térmico, além da redução no consumo de energia elétrica.
Sacadas e muitas floreiras dão ao morador a ideia de “casa suspensa”. O prédio tem uma ampla área condominial no térreo, jardim frontal amplo, com pomar, vegetação nativa e árvores frutíferas.
Como projeto de alto padrão e bastante complexo, o Bosco Esposizione exigiu equipes mistas em diversas áreas, com o sistema BIM, que integra, em tempo real, os projetos arquitetônicos, estrutural, elétrico/telecomunicação/SPDA, hidrossanitário/gás, de incêndio, paisagismo/interiores/certificação GBC Brasil Condomínio e execução da obra. O projeto arquitetônico foi desenvolvido pela Torres Arquitetos associados, sob coordenação do arquiteto Alberto Torres (Porto Alegre). Os projetos de paisagismo, interiores e certificação GBC Brasil Condomínio ficaram por conta da arquiteta Audrey Bello Ramos, da YDesign (Porto Alegre).
O edifício já conquistou dois prêmios internacionais: o Rethinking The Future Awards 2020 e o The Plan Award 2020 (Mitsubishi Electric). Além disso, está em processo de certificação pelo Green Building Council Brasil – GBC Brasil Condomínio, destinada para projetos residenciais verticais que utilizam energia solar; reutiliza água e aplica materiais de forma eficiente; considera as pessoas, ou seja, protege a saúde dos ocupantes e dos próprios trabalhadores na construção e respeita seu entorno. O GBC é uma organização mundial que promove a sustentabilidade no desenvolvimento de edificações.
A certificadora oferece um leque de selos dentro da Certificação GBC Brasil Condomínio, que vão do Verde ao Platina, passando pelo Prata e pelo Ouro. A arquiteta Ana Lúcia Sebben, uma das responsáveis pela execução da obra, explica que à edificação foram acrescidos procedimentos que podem levar o selo a uma classificação prata, por exemplo. “Esse é o último passo do processo de certificação, após a revisão do atendimento de todos os requisitos em cada nível”, considera.
Para a conquista do selo verde, a edificação precisa garantir baixo impacto ambiental; gerenciamento de resíduos e uso de materiais legalizados e com procedência; ferramenta BIM nos projetos, a qual auxilia para minimizar custos e retrabalhos; ventilação cruzada nas unidades, gerando ambientes mais saudáveis e que proporcionam melhor qualidade de vida saúde e bem-estar; fachada frontal em posição solar norte com painéis fotovoltaicos arquitetônicos (de vidro) e telhado com painéis fotovoltaicos, gerando até 100% da energia do condomínio e deixando de emitir cerca de 15t de CO2/ano, o equivalente ao plantio anual de 700 árvores; utilização de água pluvial nas bacias sanitárias e irrigação dos jardins gerando economia de até 50% na conta de água do condomínio e até 20% das unidades; e uso de medidores de água potável e não potável.
Sobre a Construesse
Mais do que oferecer um desenho arquitetônico diferenciado, é proporcionar qualidade de vida. Esse é o objetivo que guia a Construesse há mais de 30 anos trabalhando com a construção civil no mercado gaúcho. Com mais de 1,5 mil unidades entregues, somando mais de 200.000 m² construídos e milhares de clientes, a Construesse empreende uma nova caminhada com a edificação do Bosco. Ela reúne competências diversas, em trabalho compartilhado com alguns dos melhores profissionais e empresas da área.