sábado, dezembro 21, 2024
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Nutricionistas orientam sobre cuidados básicos com higiene de alimentos em meio às enchentes

Equipe da Medicina Preventiva da Unimed Nordeste-RS explica os riscos causados pelas condições precárias de saneamento e higiene para a segurança alimentar e, consequentemente, a proliferação de doenças

Nutricionista da Unimed Nordeste-RS Carla Ruffato orienta para a higienização dos alimentos.

As mudanças climáticas se tornaram cada vez mais frequentes, afetando lares e famílias. Em situações de emergência, como o caso das enchentes e alagamentos enfrentados no Rio Grande do Sul, a nutrição da população de forma geral pode ser prejudicada. Entre as consequências do desastre natural, está a contaminação da água potável, que deixa também os alimentos impróprios para o consumo.

A procura por alternativas para a conservação e o preparo dos alimentos durante as enchentes se tornou um desafio. A equipe de nutricionistas da Medicina Preventiva da Unimed Nordeste-RS explica que, quando parte da população passa a viver desabrigada ou em condições precárias de higiene e saneamento, pode aumentar a contaminação dos alimentos.

“Como consequência, muitas doenças podem ser transmitidas por meio desses alimentos. Por isso, é fundamental adotar alguns cuidados. Evitar consumir alimentos que tenham sido expostos a água contaminada é um deles. Isso inclui produtos que foram armazenados em condições inadequadas, como, por exemplos, os perecíveis, que passaram horas fora da refrigeração ou que não possuam mais embalagens íntegras”, salienta a nutricionista Carla Ruffato.

De acordo com as nutricionistas da Unimed, os alimentos que não foram devidamente higienizados ou entraram em contato com a água contaminada podem provocar infecções gastrointestinais e intoxicação alimentar. Além disso, a água das enchentes pode transportar microrganismos patogênicos, como SalmonellaEscherichia coli (E.coli) Campylobacter, causando sintomas de diarreia, cólicas abdominais, febre e vômitos.

Cuidados básicos na hora de preparar o alimento

Para as pessoas que já estão em locais seguros, como abrigos, casas de familiares ou amigos, mas ainda sem fornecimento de água potável, é orientado que se utilize apenas produto engarrafado. No entanto, caso não seja possível, a indicação é ferver a água antes do consumo ou adicionar duas gotas de água sanitária pura (hipoclorito de sódio a 2,5%) a cada litro. Também é possível filtrá-la com um coador de papel ou tecido limpo.

“Mantenha os itens perecíveis como carnes, laticínios e alimentos prontos sempre refrigerados. Quando houver água, higienize os alimentos, lavando cuidadosamente frutas, legumes e verduras, removendo as partes danificadas. Posteriormente, faça uma solução de água clorada com uma colher de sopa cheia de água sanitária. Deixe de molho por cerca de 15 minutos. Depois é só escorrer, secar e esses alimentos estão prontos para consumo de forma segura”, explica Carla Ruffato.

Os alimentos que estão adequados para o consumo devem ser armazenados em recipientes fechados. O preparo deve ser feito somente na quantidade de comida que for consumida no dia. Dê preferência a alimentos cozidos e preparados em condições ideais de higiene.

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