domingo, dezembro 22, 2024
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Empresas serranas aderem à aquisição de I-RECs

Certificação Internacional de Energia Renovável vem ganhando força no mundo corporativo

Uma empresa pode potencializar sua performance de sustentabilidade no mercado a partir de inúmeras estratégias de gestão, que a inserem em um novo patamar no difundido conceito de ESG (governança ambiental, social e corporativa).

Entre essas possibilidades, um termo vem ganhando espaço de forma rápida no mundo corporativo: I-REC, Certificação Internacional de Energia Renovável.

A caxiense Perfil Energia atua nas duas pontas. De um lado, aderiu à compra de I-RECs, garantindo que a energia que consome é de fonte limpa e rastreável. Cada I-REC representa 1MWh de energia de fonte renovável (eólica, solar, biomassa e de pequenas centrais hidrelétricas), custando entre R$ 1,20 e R$ 1,50, em média. A aquisição depende do consumo de energia ao longo do ano considerado para compensação das emissões de poluentes.

Na outra ponta, a empresa caxiense de gestão estratégica de energia com atuação nacional também auxilia seus clientes na aquisição de I-RECs, fazendo a intermediação da compra. As primeiras clientes a aderirem são duas multinacionais que atuam no país, talvez por esse conceito já ser mais difundido no Exterior, mas a procura (e a curiosidade) tem sido crescente e impressionante no meio corporativo gaúcho e nacional:

“Temos sido muito procurados pelos nossos clientes para informações referentes à aquisição de I-RECs. É uma motivação saber que mais I-RECs comprados significam que todo o mercado de geração renovável está se movimentando, estimulando a construção de ainda mais usinas de fonte limpa. Todos que consomem energia elétrica podem investir em I-RECs para zerar a emissão de dióxido de carbono na atmosfera”, explica Laíza Vanaz de Lima, assistente do setor de Estudos da Perfil Energia.

Na Europa, a aquisição de I-RECs surgiu em 2014, chegando ao Brasil em 2016, mas o assunto tem potencial para avançar muito, uma vez que o país é um dos maiores mercados mundiais para energias renováveis.

Laíza – crédito Emanuele Freitas

“Em alguns anos, será uma demanda quase obrigatória, que gerará muito valor às marcas, mas cada usina tem um limite de I-RECs para vender. Então, não é uma certificação ilimitada. Precisamos garimpar no mercado”, complementa Laíza.

Para entender melhor

– O I-REC (Certificado Internacional de Energia Renovável) é um sistema global, de metodologia unificada, que possibilita o comércio de certificados de energia renovável via blockchain.

– Para obter o certificado, o consumidor precisa se basear na quantidade de energia consumida. Cada I-REC representa 1MWh de energia consumida.

– O Instituto Totum é o representante do I-REC Standard no Brasil, sendo responsável por registrar, supervisionar e auditar os geradores de energia renovável. No Brasil, o Totum também homologa as empresas aptas a transacionar I-RECs.

– As fontes que podem emitir I-RECs são as classificadas como renováveis incentivadas: eólica, solar, hidráulica e biomassa.

– Empresas de pequeno, de médio e de grande porte podem se habilitar a receber os I-RECs.

         Entre os benefícios advindos da certificação, figuram:

– A empresa passa a ter um apelo mais sustentável;

– Certificação com reconhecimento global, auditada e segura;

– Processo zera as emissões de CO2 atreladas ao consumo de energia;

– Permite a rastreabilidade da energia adquirida;

– Incentivo a uma matriz energética mais limpa.

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