domingo, dezembro 22, 2024
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Priority, de Caxias do Sul, recebe prêmio da ADVB pelo 8° ano consecutivo

Com Distinção Ouro, empresa de exportação de componentes automotivos é a única da Serra gaúcha a ser destaque em 2023 como comercial exportadora

Empresa familiar, fundada há 26 anos pelo casal Luiz Debastiani e Eraí Debastiani, a Priority Componentes Automotivos Ltda., com sede em Caxias do Sul, está entre os vencedores do 51° Prêmio Exportação RS, concedido pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB). Este é o 8° ano consecutivo que a performance da exportadora de peças de reposição para caminhões, carretas e carrocerias de ônibus é reconhecida pelo conselho que aponta os premiados – formado por entidades da indústria, comércio e serviços, instituições financeiras e de ensino.

Desde que conquistou o primeiro prêmio, em 2016, a empresa caxiense vem sendo Destaque Setorial – Veículos/Autopeças que, neste ano, passa a se chamar Destaque Empresas Comerciais Exportadoras e Trading Companies. A Priority receberá Distinção Ouro, em reconhecimento às marcas que se ressaltaram nos últimos cinco anos dentro da premiação. O evento solene de entrega do troféu e do certificado será nesta quinta-feira, 17 de agosto, na Casa NTX, em Porto Alegre. De acordo com Luiz Debastiani, diretor comercial, a empresa valoriza a vocação na área de serviços, desenvolvendo com rapidez projetos personalizados para otimização de embarques. “Estamos muito contentes em receber mais este prêmio da ADVB, que demonstra o comprometimento da nossa equipe de profissionais, sempre em constante aprimoramento para atender da melhor forma possível aos clientes, oferecendo-lhes agilidade e soluções”, afirma.

Nos últimos dois anos, a Priority aumentou em 50% ao ano o volume de negócios. No primeiro semestre de 2023, o faturamento foi 32% superior ao mesmo período do ano passado. Próxima dos principais fabricantes do mercado, considerando indústrias de Caxias do Sul – segundo maior polo metalmecânico do Brasil, a Priority é referência no comércio e representação de peças de reposição automotiva de marcas nacionais, exportando produtos dos cerca de mil fornecedores para mais de 15 países, especialmente da América Latina. Para o empresário, o segredo do sucesso é a seriedade. “O mundo dos negócios é trilhado por muitas coisas, mas o fator principal é a credibilidade. É identificar e conhecer a necessidade do cliente. Conquistá-lo é mais fácil do que mantê-lo. Somos conhecidos pelas soluções, entregando às pessoas o que elas procuram, com qualidade em toda logística”.

Em uma estrutura moderna, a Priority oferece a mais completa linha de peças de reposição de alta qualidade para veículos pesados. Ao todo, são mais de 10 mil artigos, incluindo acessórios, componentes automotivos em geral de caminhões e ônibus, itens de eletricidade e eletrônica, partes e peças de motores e componentes, sistemas de refrigeração, suspensão, entre outros. A comercial exportadora também pratica o conceito de sustentabilidade. A energia, por exemplo, é gerada por meio de placas fotovoltaicas. Parte dos equipamentos é eletrificada e há, ainda, um criterioso sistema de embalagem das mercadorias com o uso de materiais recicláveis. Para seguir na rota do crescimento, a Priority está ampliando suas instalações com a aquisição de uma área de 2000m², ao lado da atual sede, no Bairro Colina Sorriso. Outros avanços contemplam melhorias nos processos de armazenagem e movimentação das cargas, resultando em maior agilidade na logística interna.

O INÍCIO DA PRIORITY – “A Priority iniciou de maneira modesta, simples e fomos evoluindo, enfrentando as dificuldades”, conta Debastiani. Ele salienta que o treinamento para vendas e exportação foi a vida. Conversando com possíveis clientes, sentia a necessidade deles. E é tão bom atender às pessoas, fazer o bem. Fazendo o bem, o retorno vem. Se você faz alguma coisa somente visando o lucro, não é tão saudável”, ensina o empresário, que deu os primeiros passos no mercado de exportação movido pelo instinto, visão de futuro e curiosidade.

Empreendedor nato, durante 20 anos (entre 1966 e 1986), ele trabalhou na Fras-le – fabricante de materiais de fricção para freios e embreagens. A primeira função foi de auxiliar geral de escritório, época em que o empresário lembra de olhar, admirado, para um mapa-múndi que havia em uma das salas da empresa, imaginando-se em viagens para vários países. A comunicação internacional era feita pelo sistema Telex ou por carta. “Pelo correio, recebíamos materiais de bancos, de negócios e era minha função distribuir as cartas aos destinatários dentro da empresa. Um informativo sobre comércio exterior me chamou atenção. Por conta própria, decidi conversar com a Carteira de Comércio Exterior (Cacex), do Banco do Brasil. Foi me dado uma lista das embaixadas no Brasil para que eu redigisse cartas às importadoras. Nas horas vagas, escrevia e colocava as cartas na caixa do correio”, recorda.

Com o passar do tempo, a confirmação do primeiro pedido de exportação veio da capital paraguaia, Assunção. Debastiani já estava em um cargo comercial quando o enviaram ao Uruguai para concretizar uma outra venda ao país vizinho. Tímido e sem falar uma palavra em espanhol, conseguiu fechar negócio e, a partir daquele momento, nunca mais parou. Depois da experiência na Fras-le, o empresário passou um tempo em São Paulo onde, segundo ele, “foi uma escola”. De volta a Caxias, começou a história da Priority, em 1996, ao lado da esposa Eraí. “O sucesso do Luiz vem muito pelo jeito dele conversar com as pessoas, pela capacidade de criar vínculo com os clientes. É um vendedor que, literalmente, sai para vender”, diz, confirmando o dom, a habilidade do marido para firmar parcerias no mercado.

Os dois filhos do casal, João Luiz Debastiani, 38, e Luiz Debastiani Júnior, 29, trabalham na Priority, dando sequência à trajetória dos pais no ramo de exportação. “É uma felicidade ter meus filhos aqui. Precisa união, entendimento, harmonia e saber superar problemas. Minha maior torcida é para que eles deem continuidade ao negócio, porque se eu tivesse de reiniciar minha vida, seria igual, não mudaria nada”, complementa o cofundador.

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