De acordo com levantamento da Tenable, 2,29 bilhões de registros foram expostos em 2022, enquanto mais de 800 milhões foram vazados devido à negligência na proteção dos bancos de dados.
O relatório anual da companhia também destacou que quase metade dos dados expostos foram no Brasil.
Em matéria divulgada pela infochanel.com.br, no dia 24.07.2023, a IBM Security divulgou seu relatório anual de custo de violação de dados, mostrando que “o custo médio global de uma violação de dados atingiu US$ 4,45 milhões em 2023 – um recorde histórico para o relatório e um aumento de 15% nos últimos 3 anos. Os custos de detecção e escalonamento aumentaram 42% nesse mesmo período.”
Paralelamente a isso, as pesquisas indicam que houve uma mudança para investigações de violação mais complexas e, ainda, que quase a metade de todas as violações ocorrem na nuvem e por ataques de ransoware.
Assim, o direito à privacidade e à segurança dos titulares dos dados sofre significativo impacto, na medida em que informações pessoais ou sensíveis, inclusive senhas, dados bancários e informações financeiras, podem ser usadas por criminosos ou terceiros de má-fé em operações fraudulentas, trazendo prejuízos presentes e futuros para aqueles que deveriam ter seus dados mantidos sob segurança.
No mundo cada vez mais digital, em que significativa parcela de empresas e organizações não investem em recursos tecnológicos e medidas adequadas de segurança, o direito à privacidade e à proteção de dados passa a ser um risco compartilhado para com o titular dos dados, que deverá estar mais atento a atividades suspeitas, gerenciar seus dados, com a utilização de senhas seguras, fortes e diferentes, priorizando por serviços e plataformas que assegurem maior importância à segurança e proteção dos dados dos usuários.
Cíntia Miele Garnier
Coordenadora da Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados – CDDPD, da OAB – Subseção de Caxias do Sul
Créditos de imagem: Divulgação | OAB – Subseção de Caxias do Sul