As vendas no comércio caxiense tiveram um crescimento de 5,8% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado. Depois de uma sequência de três meses com resultados negativos, junho voltou a registrar crescimento – mesmo que tímido – no varejo do município. As comercializações tiveram um incremento de 1,03% na comparação com maio e de 9,65% nos últimos 12 meses.
As informações sobre os números do comércio da cidade foram divulgadasem coletiva de imprensa do Termômetro de Vendas da CDL Caxias, na manhã desta terça-feira (8), na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) do município.
Mesmo com os resultados positivos, junho, que é marcado pelo Dia dos Namorados, apresentou queda de 3% nas consultas ao SPC em relação ao mês das mães. Também chamou atenção a redução de 29,7% na inclusão e de apenas 3,3% nas exclusões de débitos no SPC.
O assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, fez um balanço dos primeiros seis meses do ano e avaliou que parte da “gordura” acumulada com o bom desempenho de 2022 foi queimada no primeiro semestre. O economista acrescenta, entretanto, que historicamente os resultados do varejo tendem a ser mais positivos nos seis últimos meses do ano.
“Quebramos uma sequência de resultados negativos, mas continuamos com sinal de alerta ligado, pois as oscilações sazonais, que são normais no varejo, este ano estão tendendo para queda. Precisamos ficar atentos com os próximos movimentos dos consumidores para entender como iremos nos encaminhar para o último semestre do ano. De forma geral, é um período melhor para o varejo, em especial o último trimestre, com as vendas que ocorrem para o Natal e também pelo recebimento do 13º salário, que acabam aquecendo o comércio”, contextualizou.
Ness também citou a redução de 1,21% no número de inadimplentes com relação ao mês de maio, e o aumento de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Para Carlos Alberto Cervieri, gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias, a pouca incidência de dias frios pode ter contribuído para que as vendas do primeiro semestre fossem tímidas. O dirigente diz que os resultados de estabilidade apareceram em pesquisas de intenções de compras, como o próprio Dia dos Namorados.
“O mês de junho apresentou um resultado negativo de 11,89% no segmento de vestuário, calçados e tecidos, o que nos preocupa por ser em pleno inverno, que costuma ter aumento expressivo nestes itens. Estamos confiantes numa recuperação no segundo semestre, mas em patamares que podem ficar abaixo aos projetados no início deste ano”, avaliou.