sexta-feira, dezembro 27, 2024
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Comércio caxiense tem queda de 5,04% nas vendas em janeiro

Resultado negativo é considerado normal por economistas em função da comparação com dezembro, mês de maior fluxo ancorado pelas compras de Natal. Recuperação do varejo ao longo de 2022 é comprovada com crescimento de 12,18% nos últimos 12 meses

As vendas nocomércio caxiense registram queda de 5,04% no mês de janeiro em relação a dezembro do ano passado. Já na comparação com o mesmo período de 2022, houve crescimento de 8,54% e o desempenho é ainda mais positivo quando são levados em conta os últimos 12 meses, com incremento de 12,18% nas comercializações no município. 

As informações são do Termômetro de Vendas da CDL Caxias e foram divulgadas, na manhã desta quinta-feira (16), em coletiva de imprensa realizada na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. Um dos destaques entre os segmentos foi o de Livraria, Papelaria e Brinquedos, com aumento de 8,26% nas vendas, amparado na volta às aulas ocorrida logo no mês seguinte.

O assessor de Economia e Estatística da CDL Caxias, Mosár Leandro Ness, contextualiza como normal a queda registrada em janeiro em função da comparação com o mês de maior movimento no comércio aquecido pelas compras natalinas. O economista valoriza o crescimento em relação a janeiro de 2022 e prevê a continuidade do cenário para o comércio de Caxias do Sul ao longo do ano, mesmo com a tendência de retração que deve ser confirmada no levantamento de fevereiro.       

“É de se esperar uma redução também nos próximos meses, tendo em vista o período de férias, Carnaval e outros fatores que provocam uma redução no fluxo de pessoas em Caxias do Sul. Mesmo assim, mantemos em alta os resultados nos comparativos de longo prazo, como o acumulado de 12 meses, e o de janeiro de 2022, com altas significativas. Isso mantém o cenário otimista para os próximos meses, onde ainda deve prevalecer a cautela e a apreensão sobre os rumos do país e de sua economia”, analisa o economista.

Outro índice que comprova o freio nas compras em janeiro é o de consultas ao SPC para acesso ao crédito, com queda de 9,65%. Também chama a atenção o número de inadimplentes, com queda de 1,56% na comparação com dezembro de 2022 e aumento de 4,95% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias, Carlos Alberto Cervieri, lembra que a pesquisa de intenção de compras para o retorno às aulas já indicava que haveria um crescimento nas vendas de materiais escolares, uniformes e nos transportes. Segundo o dirigente, o comércio vem demonstrando recuperação nos últimos 12 meses, com índices positivos e eventuais quedas provocadas pela sazonalidade comum ao setor.   

“O que precisamos discutir é uma forma de potencializar atrativos turísticos, iniciativas que diminuam o impacto da baixa no movimento nos meses de janeiro e fevereiro em Caxias do Sul. O município tem um potencial enorme, uma cultura riquíssima e que pode ser melhor aproveitado para termos um fluxo de pessoas mais intenso neste período que costuma ser de queda para o comércio em geral”, propõe Cervieri.

Ramos duro e mole com queda em janeiro      

Em janeiro, tanto o ramo duro como o mole apresentaram queda. No ramo duro, a variação entre janeiro de 2023 e dezembro de 2022 registrou retração de 4,94%. Em termos nominais, em janeiro, o ramo duro obteve desempenho positivo nos segmentos de Informática e Telefonia, com 9,12%; Material de Construção, com 5,74%; e Materiais Elétricos, com 7,12%. Os segmentos que tiveram resultados negativos foram os de Óticas, Joalherias e Relojoarias, com -9,85%; Eletrodomésticos, Móveis e Bazar, com -4,09%; Automóveis, Caminhões e Autopeças novos, com -7,57%; e Implementos Agrícolas, com -4,32%.

No ramo mole, a variação entre janeiro de 2023 e dezembro de 2022 foi de retração de 5,41%. O desempenho ficou positivo apenas para o segmento de Livraria, Papelaria e Brinquedos, com 8,26%. As categorias que tiveram resultado negativo foram os de Farmácias, com -9,14%; Vestuário, Calçados e Tecidos, com -5,32%; e Produtos Químicos, com -9,41%.

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